Trajetórias sem barreiras

Postagem : 29 de junho de 2020

O mundo e seus habitantes estão constantemente passando por mudanças. Fenômenos, como as Revoluções Industriais, a globalização e o advento de novas tecnologias são grandes exemplos de agentes transformadores da sociedade. No meio disso, as novas gerações surgem. Estas possuem capacidades e dificuldades distintas, se comparadas às anteriores, que  por vezes, ocorrem barreiras entre elas, além do fato de que as novas estão expostas a uma grande cobrança, pois representam o futuro.

Primeiramente, vale ressaltar que as distinções no dialeto, vestuário e ideologias colaboram para o enriquecimento cultural de um povo. No entanto, problemas e habilidades adquiridos, em diferentes contextos, realidades e tempos podem gerar um estranhamento entre as pessoas de diferentes épocas. O campo das doenças e distúrbios mentais se ampliou de forma assustadora, com o decorrer da modernidade e da facilidade de interagir com inovações que também cresceram. Algumas pessoas mais velhas possuem dificuldades para entender as mais novas e vice-versa. Isto dificulta o aprendizado nas escolas e a relação entre pais e filhos, por exemplo.

Além disso, é visível a exigência que recai sobre os jovens. Há o paradoxo: ora são tratados como imaturos e dependentes, ora são considerados como responsáveis e têm de enfrentar seus problemas sozinhos. A cobrança sobre qual carreira e o viés ideológico dentre outras exigências tornam-se presentes e cada vez mais constantes. Isto somado ao fato de um crescente imediatismo e de uma contagem de tempo cada vez mais fluida e distorcida, como foi retratada na pintura “A persistência da Memória” do pintor espanhol Salvador Dalí. O termo de “Sociedade do Desempenho” do filósofo sul-coreano Byung Chul Han encaixa-se, perfeitamente, na sociedade atual, visto que está sempre atrás de produtividade, rendimento, melhorias e uma reafirmação de sua capacidade.

Diante desses fatos, vê-se uma necessidade de assistir às novas gerações em sua trajetória. Para isso, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde devem promover palestras públicas e cursos para educadores, evidenciando como lidar com os jovens e apoiá-los. O Ministério da Saúde deve ainda, nesses eventos, explicar sobre os impactos psicológicos da pós-modernidade e como interagir com os jovens, sem impor pressão aos mesmos. Nesse panorama, espera-se um ambiente mais capacitado para compreender as novas gerações e investir nelas. Assim, haverá uma sociedade com um futuro mais promissor e sem barreiras.

Autor: Bruno Dias. Aluno do Centro de Escrita Regina Magalhães.                               

Tema: Ser jovem: desafios e possibilidades.